sexta-feira, 26 de abril de 2013

Um Pouco de Poesia porque hoje é sexta...



Minha Metade...*

Perdoe os meus pecados
e junto com eles,
todos os meus erros e equívocos.
Porque metade de mim é sofrer
E a minha  outra metade,
mistério, medo e bondade.

Perdoe os meus desatinos
e junto com eles,
todos os meus enganos.
Pois a metade de mim
é tão somente sonho de menino.
Amor, paixão e desejo
minha outra metade.

Perdoe meus desenganos
assim como,
todos os  meus pecados.
Posto que,
metade de mim é desatino.
E minha outra metade
É puro mistério.
Além de milhões de beijos
ardentes e alucinados.
.......................................
(*) José Cícero
In:  'Diverso, de Verso em Verso' - (Inédito- 2013).

Foto: divadaregina.blogspot.com

LEIA MAIS EM:
WWW.afaurora.blogspot.com
e no Faceboo

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Sagração ao Dia do Índio*

Por José Cícero

Hoje o sol do Brasil despertou mais cedo e mais bonito.
E a atmosfera com seu ar matutino,
Abriu as cortinas dos céus com um sorriso angelical.
Num vôo de passarinhos em bandos.
experimentando a liberdade de viver
em toda a sua plenitude...
Árvores balançando como que ensaiando uma dança nativa
Suavizadas pelo afago frio e carinhoso do vento em nome das etnias..
Uma manhã amazônica de sol, esbelta e diferente
caiu definitivamente sobre o teto da biosfera mundana.
Um muxoxo dos deuses do Olimpo.
Como nos fosse o abraço quente da mulher amada
no fundo da oca.
Um mergulho nas águas do grande rio.
Um cair de índio-moleque bolando ladeira abaix
sobre os arbustos macios do caminho.
um bando de borboletas
junto as índias bonitas peladas
tomando banho nos igarapés do mundo
sob a vastidão dos arvoredos da selva.
Tribo valente nativa
se enfeitando em alegria para o ritual.
Hoje o sol do Brasil acordou cedinho
Com o cantar dos galos nos quintais do mundo.
E tudo o mais que existe nesta manhã de abril
Tem um cheiro gostoso de floresta.
Um aroma do campo, flores silvestres
Impregnando a gente de amor e de  felicidade.
Um cheiro gostoso de mata virgem
Esterco fresco de gado bovino dos sertões.
Frutas da serra picadas por pássaros.
Perfumando o ambiente
em todos os seus quadrantes.
O ar puro e felicidade invadindo a gente.
Abelhas voando na nossa vista
como quem nos mostra como faz o mel.
Tudo é novo e mais bonito nesta manhã de abril.
Há aroma de flores nos caminhos
Arbustos ribeirinhos refrescantes
como frascos de perfumes naturais
Roçando os nossos pés e braços
Enchendo de cheiros suaves
 nosso corpo e nossa mente.
Cheiro de terra molhada
Musgos verdes pisados
Águas correntes dos rios
Alimentadas pelos córregos
e riachos exuberantes.
A floresta intocável
Viçosa verdejando o ambiente
Ensaia um abraço quase interminável
Em nosso semblante.
O sol de abril
É como um gigante abrindo os braços
Sobre os viventes da urbe e das matas.
Uma neblina suave
Um vento frio
E em seguida um arco-íris alegre
Um sol dourado
Um brilho sui generis
A clarear nosso espírito
Como se a abóbada do mundo
Se vestisse igual uma donzela
A se preparar para a festa.
Simplesmente,
Porque hoje é o dia do índio.
Um sacramento imorredouro.
Uma oferenda coletiva
Um ritual celestial
Um compromisso ancestral.
Tudo em conjunto
Expresso na delicadeza da vitória-régia
e na energia plena da selva
com seus bichos, oxigênio e clorofila.
Mostrando-nos a força viva da vida
Espalhada na natureza das coisas
Dos ecossistemas do planeta.
Coisas belas...
Vivas e inanimadas da Terra.
Tudo porque hoje
19 de abril é o dia do índio.
O dia em que o mundo
Por completo
Realiza seu reencontro
Com seus verdadeiros donos
Filhos e amigos.
Quando por fim
A Gaia ciência
Os biomas terrestres
As raças, as águas e as etnias
Confraternizam-se diante do amor maior
Que é viver em paz.
Hoje o Brasil e o mundo
Amanheceram de braços dados
Para assistir de pé junto
Um coral de pássaros Amazônicos
No topo das árvores
Ecoando o hino nacional
em tupi-guarani e outros dialetos indígenas.
E noutro ponto eqüidistante
Do verde canto da mata
Os papagaios gritam alto
para que todo o Globo escute:
Viva o índio Brasileiro!
Viva os donos do mundo!
Viva o índio internacional! 
Porque são eles o verdadeiros donos
desta Terra.
(*) José Cícero
Aurora-CE.
Fotos ilustrativas da Internet
Poema feito em 19.04.10
LEIA MAIS EM:
www.aurora.ce.gov.br/
Um comentário:
Ou se aquela moça ali em cima for uma india,, sem duvida é uma jóia rara!,,,meu Deus q mulhér linda,,bjsss p/ ela aonde quér q ela esteja!!!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Um Poema ao Palhaço


 AO PALHAÇO CIRCENSE*

Sou forte...
mas me chamam às vezes de fraco.
Sigo vivendo não temo o perigo.
Faço graça e faço riso 
sob a tragédia da vida
e o meu próprio fracasso.
Sou triste e alegre.
E desse jeito estranho eu prossigo
promovendo sorriso no palco do mundo
diante dos olhos dos  pequenos e desaventurados.
Sou forte e sou fraco.
Sou humano de modo trágico e demasiado..
Ópera-bufa é o  meu destino.
Minha casa é o circo.
Meu nome é "Fuxico"
Sou palhaço.
Sou pobre  e sou rico.
Desafio a morte...
Eu simplesmente existo,
sob os meus nervos de aço.
Eu resisto. 
Vivo o meu sonho
sob o pano do teatro melodramático
que todos os dias
eu mesmo traço. 
................
in José Cícero
'Minhas Metáforas Prediletas' - Inédito-13
Foto JC - escultura de Paim d'Aurora