segunda-feira, 21 de março de 2011

DIGAMOS NÃO AO ATAQUE DOS EUA À LÍBIA...

Por José CíceroMais uma vez o 'império do mal' realiza sob o velho pretexto de defender a democracia do globo um novo atentado contra o direito e a soberania dos povos, quando da invasão consubstanciada pela recente ofensiva aéreo à Líbia.
Espertamente e de forma sorrateira, o governo norte-americano deixou para oficializar o bombardeio justamente quando se encontrava em solo brasileiro. Como se nota utilizando-se da boa imagem pacífica que o Brasil mantém no exterior no sentido de escamotear mais este crime em desfavor da soberania mundial. Razão pela qual, as autoridades do nosso país, assim como as lideranças do movimento social deveriam protestar veementemente. Também não foi à toa que escolheram este momento para iniciar o plano de ataque, ou seja, no instante em que todas as atenções do mundo estão voltadas para o recente desastre ocorrido no Japão.
Não nos enganemos outra vez; neste aspecto, o governo de Barack Obama não difere em quase nada, de todos os demais que já ocuparam a Casa Blanca. Caudatário que é do imperialismo sanguinário e explorador das riquezas do mundo. Cujas bases se assentam na política suja da intromissão ilegítima nos assuntos internos de várias nações do mundo, notadamente aquelas onde mantêm algum tipo de interesse econômico, político ou militar.
De modo que sustentam a maior máquina de guerra da história, contribuindo, ao contrário do que muitos pensam, para a instabilidade da paz em todo o globo, vez que instigam e financiam este expediente, a exemplo de Israel em seu massacre contra os Palestinos. Portanto, com a continuidade desta velha política de intervenção militar, os EUA reproduzem a mesma sistemática beligerante, dantes experimentada no Afeganistão e no Iraque.
De modo que, sob os olhos insensíveis e complacentes das nações democráticas e independentes do planeta e o silêncio cúmplice dos chamados organismos internacionais, tais como OTAN e ONU; o governo norte-americano estar claramente a promover mais uma vez, o pior dos crimes contra a humanidade – o terrorismo de estado.
Como se ver, o velho filme se renova, talvez agora com novos atores. Como igualmente se repete toda a pantomima e o teatro encenado pelo Conselho de Segurança da ONU; que há muito tem se transformado num mero departamento da ingerência legitimadora dos ataques ‘invasionistas’ do pentágono. Contudo, é forçoso ressaltar que a opinião pública internacional já sabe quais são as reais intenções do governo ianque. Que é garantir a qualquer custo, a continuação do privilégio de se apossar da exuberante estrutura petrolífera da Líbia.
Pois agora com a possível queda ou morte de Kadafi, sem a efetiva participação dos norte-americanos, este privilégio ficaria seriamente ameaçado. Assim sendo, não querem(os EUA) correr nenhum risco. Contudo, cumpre destacar que mesmo com os ataques de ontem, que inclusive(para não fugir à regra) fizeram vítimas civis, os EUA não obtiveram unanimidade na resolução da ONU e nem na OTAN. Méritos para a Rússia e a Alemanha(dentre outros) que se abstiveram de dá este apoio formal. Há ainda que se destacar a coragem de Hugo Chávez da Venezuela de denunciar publicamento o ataque e e perspicácia de Fidel.
Ora, por que será que só agora, depois de mais quatro décadas de governo Kadafiano é que os EUA reclamam da ditadura Líbia? É bom que se diga que, assim como ocorreu com Mubarak no Egito e Bem Ali na Tunísia, recentemente depostos por força não dos EUA, mas de levantes populares, todos eles(ditadores) só permaneceram tanto tempo no poder devido ao apoio deliberado do governo norte-americano. Então, é falsa esta suposta preocupação dos ianques com a democracia nestas nações. O que existe mesmo de verdade é um puro interesse de dominação sob o fito no petróleo.
E por falar nisso, é também importante destacar que a Líbia há várias anos conquistara, com o apoio direto da Casa Branca(pasme) uma cadeira de membro permanente no Conselho de Segurança da ONU. Coisa que o Brasil tenta há muito tempo reivindica e não consegue, sobretudo pela falta da anuência americana. Que por sinal, sequer agora na sua passagem pelo Brasil, Barack Obama também não se comprometeu com seu voto de apoio à candidatura do nosso país. Mesmo tendo dito, que o “Lula era o cara”...
Digamos NÃO ao ataque e a invasão da Líbia. Os EUA assim como nenhum outro país do mundo não têm este direito... até porque não constituem nem bom exemplo a ser seguido, quando o que está em jogo é a liberdade e a democracia planetária.Cada nação do planeta precisa ter assegurado o direito de poder resolver seus assuntos internos, assim como de escolher seu próprio futuro.Que a ONU e a OTAN revejam seus princípios e ratifiquem efetivamente o sagrado direito de não-intervenção e de coexistência pacifica dos povos. Mesmo todos nós já sabendo que, pelo poder e pelo petróleo os EUA já venderam sua alma ao diabo.
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José Cícero
Poeta e Escritor
Secretário de Cultura
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quinta-feira, 17 de março de 2011

Poema-Sertão: Caatinga

CAATINGA

Fogo na mata.
Densa fumaça
tomando conta do azul do céu.
Caatinga virando brasa.
Chão de cinza.
Intensas queimadas.
Ignorância irracional dos homens
a construir deserto no bioma
do agreste e do sertão.
Mar de intolerância.
Plena sequidão.
Ninguém mais se importa
com o meio ambiente.
Plantação da fome e da peste.
Quando doravente,
o Saara também será Nordeste.
Quanto desastre!
Antrópica devastação
dos ecossistemas.
Frágil bioma semi-árido
sustentando as metrópoles
em suas extravagâncias.
Carvão das espécies florestais
e outras carnificinas.
Madeira das matas.
Biomassas...
Árvores virando brasas
para o churrasco
e o forno da pizza das elites.

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José Cícero
Prof. de Biologia
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quarta-feira, 16 de março de 2011

Que Deus nos proteja de uma tragédia planetária

Triste assistirmos neste instante histórico todo o sofrimento imposto ao Japão pela força da natureza. Uma agrura prolongada deixada como um verdadeiro rastro de destruição de pobreza e de miséria.
Curioso saber que se trata, justamente, de uma nação que se constituía (nada mais nada menos) como a terceira maior e mais próspera economia do planeta. Tendo que conviver agora, mesmo que temporariamente, com a fome, a sede e a necessidade de tudo o mais que é básico para a vida. Muitas das coisas consideradas simplórias pelos que, montados sobre seu império, pensavam que o dinheiro poderia tudo.
É triste e penoso olhar o Japão arrasado que esta, em meio aos escombros que lhe restou da ignominiosa tragédia sísmica e do Tsunami. Uma prova de que nenhum país do mundo pode ser considerado rico e potente o suficiente, quando se trata das coisas de Deus, expressas na força e na beleza da natureza, que uma vez ferida e ultrajada através dos tempos, também se volta e também se vinga dos seus algozes. E os seus algozes é a humanidade inteira. Uma prova inconteste de que nenhuma nação do globo poderá desafiar impunemente( e por tanto tempo) a biodiversidade do planeta.
Que a civilização planetária, possa quem sabe agora, aprender um pouco mais diante da resposta feroz da natureza. Pois ela está começando a cobrar seus honorários ecológicos de todos os que quase exauriram tudo dela ante a fome de consumo e desperdício.
O desastre natural que atingiu o Japão, não pode ser considerado como um fato isolado. Toda a população da Terra começa a ser refém da própria maldade que dispensara por séculos a fauna e a flora da biosfera. Além das grandes intervenções desenfreadas promovidas em sua crosta na exploração dos seus recursos naturais e outras ações poluidoras sem precedentes.
Foi tão grave as ocorrências do Japão que a própria crosta japonesa afundara cerca de 66 cm. Um abalo tão forte que provocou mudança de alguns graus até mesmo no eixo da Terra. Ninguém até agora saberá ao certo, quais as reais conseqüências de todas estas mudanças na geologia planetária.
E não se trata apenas da destruição material. Agora o desastre japonês começa a preocupar o resto do mundo, com a possibilidade de algo muito mais deletério para a vida humana: Um desastre nuclear, ocasionado pelo vazamento de material radioativo provenientes das usinas atômica locais que também foram seriamente afetadas pelos abalos e as ondas gigantes.
Que mais esta tragédia natural possa(quem sabe) pôr um fim definitivo à arrogância, o orgulho e a intolerância dos que, movidos pela força do poder e do dinheiro, sempre se acharam dono de tudo... Brincaram de Deus, fizeram os pequenos de escravos e provocaram danos irreversíveis aos ecossistemas naturais da Terra.
Que o temor de hoje, possa se transformar em um novo paradigma de convivência harmoniosas com o planeta. E assim, possamos renovar nossas esperanças na construção coletiva de um futuro melhor e holisticamente diferente para todos os povos. Quando não mais exista nenhum tipo de barreira de qualquer fronteira ao consenso e ao diálogo.
Que Deus ajude a nação japonesa e nos proteja de uma tragédia mundial.
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José Cícero
Prof. de Biologia
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segunda-feira, 14 de março de 2011

Hoje é o dia da Poesia, Você sabia?

14 de março. Um dia comum como tantos outros. Aparentemente, um dia, digamos, um tanto quanto convencional com cara e feição da mesmice das suas morosas 24 horas... E, por outro lado, como o sentimos agora parece calcado na velha monotonia da nossa vagarosa lida cotidiana. Há quem pense, inclusive que cada dia tem um mecânica diferente, subjuntiva...
Contudo, diante da dinâmica metafísica e cronológica do mundo é forçoso ressaltar para todos os que me lêem neste instante efêmero, quer sejam os sensíveis e insensíveis. Que os dias são marcas que impregnamos do nosso olhar às vezes carregado de indiferença.
Por conseguinte, dirijo-me ao genérico dos conceitos, isto é, as pessoas que conseguem deixar ser tocados pela força avassaladora do lirismo e da poética contida nas letras, assim como na expressão mais forte de um poema bem construído. Os que enxergam os livros e as letras como um farol a apontar futuros. Sentimentos edificando com a argamassa dos valores subjetivos mais sublimes ante a tessitura do verso e da prosa nos seus superlativos mais concretos e tocantes na ânsia de um novo mundo.
Quero dizer, todavia com este modesto comentário, tão somente, que as aparências do dia de hoje nos enganam. Simplesmente por que hoje, haveremos de vivenciar um dia altissonante e diferente. Um dia de fato e decerto, incomum. Isso porque, hoje é naturalmente o DIA NACIONAL DA POESIA.
E como a poesia há muito vem parecendo ser a ‘prima feia e pobre’ da literatura, pelo menos para os incautos e os que não são dados a leitura e, tampouco a “digestão” do verso, diria que, malgrado todo este espectro de incompreensões, mesmo assim ainda é possível dizer que a poesia é a centelha estética da beleza que, a um só tempo, consegue dá uma feição sentimental e romântica a vida e a tudo o mais que existe no mundo. Torço, no entanto, para que não sejam muitos, os que neste dia singular possam torcer o nariz e dizer: “E eu com isso”?
A poesia é o instrumento fundamental dos deuses por meio do qual é absolutamente possível humanizar as relações fazendo com que as pessoas possam enxergar todo o belo presente (até mesmo) nas coisas mais simples. A poesia instiga a visão do coração no sentido de que possamos extirpar o pessimismo em favor da construção efetiva da esperança. A poesia é toda a elegância de uma vida nova sempre presente nos espírito elevado das pessoas. O modelo estético a iluminar nossos olhos diante de tudo aquilo que consideramos belo. A candeia a dissipar a escuridão que nos atordoa diante do fazer artístico.
A poesia é a maneira mais prática e producente para que possamos viver o lirismo e todo o romantismo presentes na face do mundo, assim como no coração e na alma das pessoas.
Hoje é o dia da poesia! Por Deus, não diga: E eu com isso?
Que nossas vidas sejam literalmente invadidas por um tsunami de poemas. Que o mundo seja para o todo e sempre banhando efetivamente por uma chuva gloriosa de odes, dísticos, cânticos, sextilhas, decassílabos, bem como de todas as espécies e gêneros de poemas em nome de toda a grandiosidade que possui a verdadeira poesia.
E que, finalmente, a poesia invada de vez as relações sociais e profissionais do mundo. Que a poesia ocupe de uma vez por todas, o lugar que merece na nossa lida do dia-a-dia. Que a poesia seja uma canção eterna que nos fale de conquistas, carinho, amor, paixão, tolerância, paz, mancietude e fraternidade entre os povos de todas as nações do planeta.
Que a poesia seja enfim, a língua universal na qual se expresse os sentimentos mais profundos e verdadeiros de todas as raças. Que a poemática derrube as fronteiras, assim como todas as barreiras que separam o gênero humano. O esperanto que almejamos. Harmonia que sonhamos. Os sonhos e as utopias dos românticos e dos poetas que não se cansam de pensar um novo amanhã possível.
Leiamos a partir de hoje, amanhã e sempre, um poema por menor que o seja. Porque no fundo, nenhuma poesia é pequena quando a sorvemos com prazer e entusiasmo. Enfim, quando a bebemos com as mãos, com os olhos, coração, alma e sentimento.
Viva a poesia, pelo seu dia. E que todos os dias sejam de agora em diante dia de poesia. ________
Por José Cícero
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domingo, 13 de março de 2011

Que a catástrofe do Japão nos sirva de exemplo...

Para os que sempre acharam que a iminência de um caos ambiental não passava de agouros ou fatalismo dos chamados ecochatos. Agora já começam a repensar seus conceitos e posicionamento mesquinhos em relação a tudo o que diz respeito à natureza. Posto que agora estão sendo literalmente obrigados pelas forças das circunstâncias a pensar um pouco diferente. A sentir que nem tudo na vida gira em torno do poder e do dinheiro. Uma nova realidade planetária está gritando em seus ouvidos de mercadores, em cujo contexto, ora se desenha diante dos seus olhos, todo o panorama das mudanças climáticas.
Desde então, ninguém poderá ser tão insensível ao ponto de desconsiderar as sucessivas ondas de trágicas ocorrências... Fenômenos naturais de magnitudes das mais destrutivas e mortíferas. Uma série de catástrofes impiedosas que vêem solapando populações inteiras pelas mais diversas partes do planeta.
De modo que, não será preciso sermos especialistas para perceber que tal realidade dos fenômenos naturais a acontecer pelo globo tem muito a ver com o tipo de tratamento que temos dispensado a mãe natureza há séculos.
E, mais: os intervalos cada vez mais curtos entre um acontecimento e outro nos força a pensar num futuro ainda mais trágico. Uma evidência de que algo está descontrolado no que tange a velha dinâmica ambiental da Terra. Resultante das nossas mais absurdas e mirabolantes atividades antrópicas. Que inclusive, a cada ano que passa se acentua ainda mais.
E não se diga que estas observações preocupantes são coisas novas. Posto que isso não é verdade. Há muito que especialistas nos estudos ambientais e outras figuras humanas de visão aguçadas clamam por mudanças no tocante a maneira com que a humanidade tem se comportado em relação a natureza e os recursos naturais.
Infelizmente, até mesmos cientistas há muito havia se posicionado de forma renitente quanto a este temática. Os políticos e os grandes industriais do mundo, desde o princípio da revolução industrial também não têm dedicado a atenção necessária que o problema requer. O resultado, como se percebe não poderia ser outro; senão o da iminência de um caos anunciado. Ainda assim, há que se notar um estado de completa leniência... Como se o problema não fosse com eles. Um equívoco que não tem preço, pois dele dependerá a vida de todas as espécies biológicas.
O colapso dos recursos ambientais, assim como a situação de caráter catastrófico nunca foi tão grave e provável como agora. E a humanidade não pode esperar pelo pior. É preciso que a inteligência humana seja utilizada desde já, em favor da vida, bem como em defesa do planeta e na preservação da natureza.
O terremoto e o Tsunami recentemente ocorridos no Japão não constituem um fato isolado, como nos querem fazer crer algumas dos chamados experts no assunto e os grandes líderes mundiais. Simplesmente, porque isso não é verdade. Eles mentem na esperança de manter o status quo de grandes e implacáveis exploradores dos recursos naturais do planeta.
Pois são eles os verdadeiros responsáveis pela situação calamitosa do meio ambiente terrestre. São eles os grandes poluidores da Terra, os maiores degradadores dos ecossistemas da biosfera.
É curioso que foi justamente o Japão que, ao lado dos EUA, por reiteradas vezes, se recusou terminantemente a assinar os acordos internacionais, a exemplo do protocolo de Kioto, que visavam diminuir os atuais níveis de emissões de gases poluentes na atmosfera.
A lembrança do Furacão Catrina em Nova Orleans ainda não saira da mente dos norte-americanos e agora, o que ocorrera no Japão deve servir com alerta para todas as nações do mundo, notadamente aquelas que se autodenominavam proprietárias das riquezas ambientais do globo.
É preciso saber que a Terra é a única morada que temos. Que a natureza é uma só. E que para tanto, não existe fronteira. Ou o mundo se une para defendê-la, enquanto há tempo. Ou mesmo separados por nossas absurdas ideologias e interesses mesquinhos, juntos haveremos de sucumbir. Do contrário, cabe a pergunta: afinal de contas, que tipo de planeta haveremos de deixar para à posteridade, assim como para nossos filhos e netos?
A defesa do meio ambiente e dos recursos naturais precisa virar com urgência, uma prioridade mundial. A pauta número um de todas as agendas das nações da Terra. Do contrário, seremos fatalmente engolidos pelos efeitos da nossa própria ignorância, prepotência e arrogância.
Haveremos, quem sabe de conhecer e vivenciar tragicamente o mesmo destino, o mesmo fim que um dia tiveram os dinossauros a cerca de 65 milhões de anos...
A situação por que passa o planeta é muito mais grave do que podemos imaginar. Em breve o mundo irá conhecer as primeiras levas de milhares de refugiados ecológicos. Um fato nunca dantes experimentado em toda a história humana.
Países inteiros desaparecerão engolidos pelos oceanos em face dos efeitos provocados pelo aquecimento global. As chamadas nações insulares da terra serão as primeiras vítimas do mau que os grandes fizeram contra a natureza. Os povos dos países-ilhas principalmente da Polinésia, a exemplo de Tuvalu, Maldivas, Ilhas Fiji, Kiribati e muitos outros como Granadas no Caribe já estão se preparando para o pior. A evacuação em massa será a única saída possível para estas nações que quase nada fizeram de ruim para a natureza. No entanto, estão sendo obrigadas a pagar o maior preço.
Muitas destas nações já estão vivenciando o principio do fim. Já provam do sabor amargo que tem o caos. O mar já avançou consideravelmente sobre suas terras férteis. As águas salgadas já poluem seus lençóis freáticos, comprometendo suas poucas fontes de água doce. Sua flora e sua fauna já começam a sucumbir diante da saturação do sal no solo. A agricultura começa a se tornar uma prática impossível. A situação é insustentável.
Contudo, a mídia mundial sustentada que é pelos poderosos tenta esconder de todos nós esta verdade deveras inconveniente. Como se nada de grave estivesse a acontecer com estes povos.
Ou mudamos agora sem demora, ou a vida se tornará de vez inviável no planeta. O mundo precisa de um novo paradigma. De uma nova forma de convivência holística, harmoniosa e respeitosa baseada essencialmente no princípio da tolerância, da coexistência pacífica entre os povos e da sustentabilidade ambiental.
Ou mudamos para melhor ou avançaremos para o fim. Daqui a pouco tudo isso será um caminho sem volta. Visto que já estamos adentramos a passos largos o ponto limite desta caminhada destrutiva e calamitosa. A hora é já.
Que as catástrofes naturais do Japão nos sirvam de exemplo, uma vez que tantos outras ao longo da história recente, ao que parece nada valeram.
>>>>>>>>>>
Por: José Cícero
Prof. de Biologia

POESIA...

Degredados EcológicosQue Deus os proteja e guarde de todo o mal que se prenuncia.
Aos futuros degredados da ecologia.
Povos amigos e pacíficos.
Vivendo felizes há milênios nos édens paradisíacos da Oceania.
Em meio as águas
do Índico e Pacífico.
Na vastidão de outros mares.
Recônditos lugares...
Hídricos continentes escondidos
como autênticos paraísos perdidos
na imensidão do mundo.
Nações de paz e harmonia,
flores crescendo
em imensos jardins florindo,
dia após dia, há milênios,
sem nenhum pressa
na calmaria dos seus arquipélagos.
Países insulares do Globo
em suas infinitas grandezas de espíritos:
Tuvalu, Barbados, Kiribati.
Granada, ilhas Maldivas e Fiji,
dentre muitos outros...
Polinésia de sonhos, mares imensos do planeta.
Lágrimas de utopias a se derramarem
por força das ondas
sobre o solo sagrado da Oceania.
Grandes águas celebrando a vida.
Sal das profundezas a invadir a terra.
Quer seja em tsunamis
Ou mesmo aos poucos,
Vagarosamente, terra adentro...
Em suas marés de monstros.
Sugando a água doce, as árvores frutíferas
e a fertilidade dos países-ilhas.
Marés do Índico, Pacífico e atlântico.
Devorando agora as praias.
E os atóis da polinésia.
Magnos mistérios das suas profundezas.
Poluição abissal.
Gases estufa dos capitalistas.
Degradação da biosfera.
Aquecimento em alta escala.
Elevação das ondas.
Desastrosa invasão.
Migração de etnias: Terra-gaia.
Primeiros refugiados ecológicos
de toda a história
da nossa civilização.
**José Cícero
Secretário de Cultura - Aurora/CE.

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