Dentro de mim agora mesmo
também corre um rio.
Um mar de angústia e calmaria.
O Tejo que eu nunca vi
nem me banhei.
Quem sabe o Jaguaribe
bebendo o meu Salgado
como em intensa litania.
Artéria viva de um Cariri transfigurado
em sua quase eterna agonia.
Lágrima de Portugal
encharcando o chão de Lisboa
no seu eterno dia-a-dia.
O rio da minha aldeia
é o mundo todo...
Manancial de sonhos.
Reminiscências e utopias.
Saudoso rio que tenho,
desde muito submerso
no oceano de poesia
do vate imortal lusitano
Fernando Pessoa.
Rio imenso e profundo
repleto de caravelas,
metáforas e sentimentos.
Barcos à vela
deslizando longe
sob o sol dos trópicos.
cheios de beleza
e de mulheres nuas.
Poemas jogados ao mar
Como oferenda aos deuses do Olimpo.
Gaivotas a voar
no céu da aldeia.
Poesias em voz alta pronunciadas
Pelos heterônimos de Pessoa:
- Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis.
Pura filosofia.
Boiando sobre as límpidas águas
do rio que levo comigo
onde quer que eu ande.
Buscando encontrar Camões
e seus mistérios
na poesia lisboeta
de Pessoa,
entretido e disperso
em sua tabacaria.
Créditos da foto: www.flickr.com/photos/emoitas/890352464/
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José Cícero: in Minhas Metáforas Preferidas(inédito11)
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