Quando enfim chegar janeiro
em mim já será dezembro
e eu nem me lembro
do último inverno,
em que sofri o diabo
com toda solidão do mundo
e sem teus beijos.
e sem teus beijos.
Mas não me arrependo.
Que venha todo o ano
a encher meus olhos de outros sonhos.
Apenas vestirei meu terno
prenhe de primaveras nos bolsos.
Casaco antigo como meu retrato
em preto e branco.
Pois quando enfim chegar janeiro,
sairei à passeio pelos campos
a colorir com teus lábios
as flores do mundo inteiro
a fim de aplacar meu pranto.
a fim de aplacar meu pranto.
Não temerei tormentos...
Vencerei todos os meus medos.
Vencerei todos os meus medos.
Nem calor, nem frio, nem saudades.
Estarei em paz não pela metade,
mas acompanhado,
comigo mesmo.
Estarei em paz não pela metade,
mas acompanhado,
comigo mesmo.
Viajarei nos ventos sobre o Nebo
e sobre os picos altaneiros
a galope dos meus sentimentos.
E das tristezas e dos dissabores
nada mais sei.
nada mais sei.
Eu nem me lembro...
Todas as alegrias terei em meus olhos
e o corpo da mulher que amo
entre meus dedos.
Todas as alegrias terei em meus olhos
e o corpo da mulher que amo
entre meus dedos.
E no meu peito imberbe, louvores.
Porque quando chegar janeiro
em mim já será dezembro.
Nada mais sei de outros desejos.
Nada mais sei de outros desejos.
Quero apenas viver em paz.
E nada mais.
-----------------E nada mais.
José Cícero(inédito/2013)
Aurora - CE.
Foto> da Internet
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