Andanças noturnas por entre os matos
e pelos grotões
medonhos do mundo.
Seres enigmáticos dos sertões
sofríveis mas crentes
sofríveis mas crentes
em tudo o que é místico e sagrado.
Cântico profano e profundo
de todos os caminhos solidários.
Argonautas dos sertões dos esquecidos.
Oblações, litanias e outros benditos fecundos...
Pássaros das noites insones:
- Penitentes, protagonizando o fenômeno..
Andarilhos da fé aplacando com sangue
os pecados dos homens ante o divino,
perante os sofrimentos de Jesus Cristo.
Gentes, orações e vaga-lumes.
Seres incríveis, crentes e
alados.
Rezando, como a singrar o infinito
pintando de branco os escuros
pelas noites a dentro iluminados.
Duendes e anjos inconscientes
criados na lida da vida
a cada novo instante;
a cada novo instante;
diante dos olhos e pelas mãos milagrosas
da divindade maior do onipotente.
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Jc Aurora – CE.
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