Devolvo-te hoje todos os presentes.
Beijos, abraços, segredos,
cumplicidades e perfumes.
Essência do que fomos ontem.
Doces palavras e sussurros ardentes.
Desejos, fantasmas noturnos.
Meus discos e vaga-lumes.
Íntimos sentimentos:
Canções de Belchior e Chico.
Poemas de Pessoa, Bandeira e Quintana.
Além de Vinícius e de Neruda
que dividimos na noite de anteontem
em meio a milhões de pirilampos.
Lençóis de plumas e gafanhotos.
E outros loucos pensamentos
como de resto,
alucinados e alucinantes.
Devolva-me igualmente tudo.
Antes que seja demasiadamente tarde.
Amores que edificamos juntos.
Carinhos, afagos e beijos.
Prazeres, delírios insanos...
Ausência e angústia que agora sinto,
além do que já fomos.
Saudades, lembranças e sentimentos.
Quereres
múltiplos e os carinhos.
Paixão que vivenciamos aos extremos.
Gemidos. Dores do mundo.
Sabores vários em teus afagos.
- Champagne,
vinho do Porto em teus lábios.
Amores efêmeros em
cubos de gelo.
Martinni, absinto e campari.
Devolva-me tudo assim mesmo,
antes que seja demasiadamente tarde.
Ou que’u morra sem ao menos
dizer que te amo de
verdade
e para o todo e sempre.
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(*) José Cícero - In 'Minhas Metáforas Prediletas'. Inédito/12(DR)
Foto ilustrativa: magiadobem.blogspot.com
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(*) José Cícero - In 'Minhas Metáforas Prediletas'. Inédito/12(DR)
Foto ilustrativa: magiadobem.blogspot.com
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