quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Vontade

Quando a saudade me invade a alma tento resistir para não morrer agora. Desenho-te sem lápis e sem pincel nas minhas memórias cáusticas. Porque nenhuma saudade é pouca, e nada mais me basta. Pois tua lembrança é farta e afora isso, nada mais me importa, além desta vontade ingrata e desta saudade morta. Que como uma tênue faca tanto me sangra o peito, quanto fundo corta, a minha carne fraca. Por isso quanto me dói esta vontade vasta... de tê-la de novo comigo como dantes, para me libertar de vez desta prisão sem porta.

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