terça-feira, 2 de dezembro de 2014

QUANDO TU FORES EMBORA*

Nem sei mais o que te direi agora
quando senti que nada mais nos espera.
Por isso eu juro:
- Estou vazio das palavras
que  só por conta delas,
tu tanto me amaras
em verdades, utopias e quimeras.
Nada mais me resta.
Foi se embora de mim a ave-inspiração
que dantes animava  a minha condição de poeta.
E se agora, eu não te digo nada.
Nada mais me resta,
Nada mais nos espera
quando, enfim, chegar a hora
de tu ires embora.
Nada mais presta.
Nada me resta,
além deste silêncio prenhe de lembranças
que desde então me habita,
somado à solidão, que como uma fera,
agora me mata, me devora,
me consome e depois vomita.
Sou barco do tempo à deriva.
desiludido poeta
às margens de mim mesmo inerte.
Cansado do mundo
e desta vida
sem sentido e chata
tão sem graça e tão deserta.
.........................
JC - Aurora/CE

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