Agora nada mais nos resta,
além desta solidão monótona
que como uma antiga réstia
resolveu fazer morada
nas lembranças petrificadas
entre eu e ela.
Nada mais nos resta.
Nada presta agora,
além desta ilusão dolente
parada para todo o sempre
na soleira da nossa própria porta.
Nada que acaso valha,
sequer esta lembrança
um tanto doída e ressabiada.
Uma saudade desmedida e desvairada.
como uma ferida em carne viva.
Uma fogueira apagada.
Uma dor intermitente.
Por fim, quem sabe,
e há que se diga
- uma saudade apenas.
Uma doença mal curada
e mais nada.
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José Cícero
Aurora - CE.
foto: internet
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