Por José CíceroAinda hoje, vez por outra se ouve falar com um imenso sentimento de saudade toda a beleza que era os circos mambembes do nosso interior. Dos seus espetáculos noturnos e das matinês de domingo. Dos títulos chamativos, alguns inusitados estampados nas suas fachadas de flandres, madeira e de zinco. Das suas tragédias e dos seus verdadeiros dramas humanos.
Histórias e estórias muitas delas protagonizadas e vividas arduamente com sangue, suor e lágrimas dos seus artistas e coadjuvantes. Heróis antigos que agora estão a encenar no seu colorido mais lúgubre e forte a chamada memória do esquecimento. Romances fabulosos, amores fantásticos e(até) crimes horrendos. Grandes fantasias que ainda hoje nos enches recordações, deslumbres imaginativos e outros sentimentos mais sublimes.
Há quem lembre dos circos ainda agora com lágrimas no rosto. Como inclusive, há quem nos fale destes acontecimentos com o mesmo encantamento e sensação de uma vida inteira passada em seus picadeiros.
Há quem o sinta com a mesma intensidade de quem o viveu o tempo todo como se fosse o próprio interior da sua casa. Ou ainda, como quem relata pormenores íntimos da sua própria família numa odisséia artística da vida desafiando a sorte e/ou a própria morte.
Enfim, todos aqueles que vivenciaram a vida circense como uma verdadeira profissão de fé, dedicando parte importante da sua juventude a esta causa quase impossível de alegrar e divertir populações inteiras do interior nordestino.
Há quem recorde com o peito carregado de emoção, velhas passagens vividas sob aquelas empanadas cheias de furos e desbotadas pelo anos de estrada. Ou menos nos de pano de roda, descrição de cenas inteiras dos seus teatros: Romeu e Julieta, Lampião e Maria Bonita, a louca do Jardim, Fogo e Brasa, dentre outras encenações mirabolantes...
De forma que o circo do passado de algum modo quase inexplicável, ainda continua vivo na memória afetiva de muitos. Uma pena que na prática esteja quase desaparecido. Algo difícil de ver agora pelo nosso interior. Uma arte que não consegue mais resistir por mais tempo ao fantasma da tecnologia e, que por isso mesmo, neste instante agoniza nos seus derradeiros estertores. Há, por assim dizer, um silêncio cúmplice dos grandes agentes culturais...
O circo está de fato morrendo no mais profundo e vergonhoso processo de extinção total. O verdadeiro circo, como tal conhecemos no passado agora faz parte da história. Como sendo mais uma vítima da modernidade, antes capitaneada pela popularização da TV e agora, por outras invenções tecnológicas, em especial pela chamada rede mundial de computadores(Leia-se Internet), que aliás conseguiu afetar até mesmo o cinema.
Porém, em se tratando de relembranças circenses do nosso interior é quase impossível não recordar os artistas genuinamente aurorenses que se pontificaram nesta área. Basta dizer que algumas famílias locais ou montaram seu próprio circo ou tiveram membros que atuarem por anos a fio fazendo deste meio uma profissão. Dentre as quais podemos destacar a família “Santô” e a dos irmãos: Enoque pintor e o famoso palhaço Fuxico.”
Com o seu pequeno circo o palhaço Fuxico ao lado do velho Enoque, seu irmão, que, inclusive atuava como mestre de cena, juntamente com todos os seus familiares rodaram o Nordeste de uma ponta a outra e parte da região Norte do país. De modo que as história e estória contadas(um dia a este articulista) pelo inesquecível Enoque(falecido em meados dos anos 80) dariam um bom livro.
Diria que quanto ao palhaço Fuxico, este também compõe uma história à parte quando o assunto é circo, vez que foi o pioneiro. Ficando conhecido por toda região, não somente por suas interessantes atuações no picadeiro, assim como por suas proezas a frente do seu circo e de toda sua grei de artistas. Como se cumprissem os caprichos do destino os decanos desta família circense nasceram e viveram praticamente, como se diz, sob a lona.
Histórias e estórias muitas delas protagonizadas e vividas arduamente com sangue, suor e lágrimas dos seus artistas e coadjuvantes. Heróis antigos que agora estão a encenar no seu colorido mais lúgubre e forte a chamada memória do esquecimento. Romances fabulosos, amores fantásticos e(até) crimes horrendos. Grandes fantasias que ainda hoje nos enches recordações, deslumbres imaginativos e outros sentimentos mais sublimes.
Há quem lembre dos circos ainda agora com lágrimas no rosto. Como inclusive, há quem nos fale destes acontecimentos com o mesmo encantamento e sensação de uma vida inteira passada em seus picadeiros.
Há quem o sinta com a mesma intensidade de quem o viveu o tempo todo como se fosse o próprio interior da sua casa. Ou ainda, como quem relata pormenores íntimos da sua própria família numa odisséia artística da vida desafiando a sorte e/ou a própria morte.
Enfim, todos aqueles que vivenciaram a vida circense como uma verdadeira profissão de fé, dedicando parte importante da sua juventude a esta causa quase impossível de alegrar e divertir populações inteiras do interior nordestino.
Há quem recorde com o peito carregado de emoção, velhas passagens vividas sob aquelas empanadas cheias de furos e desbotadas pelo anos de estrada. Ou menos nos de pano de roda, descrição de cenas inteiras dos seus teatros: Romeu e Julieta, Lampião e Maria Bonita, a louca do Jardim, Fogo e Brasa, dentre outras encenações mirabolantes...
De forma que o circo do passado de algum modo quase inexplicável, ainda continua vivo na memória afetiva de muitos. Uma pena que na prática esteja quase desaparecido. Algo difícil de ver agora pelo nosso interior. Uma arte que não consegue mais resistir por mais tempo ao fantasma da tecnologia e, que por isso mesmo, neste instante agoniza nos seus derradeiros estertores. Há, por assim dizer, um silêncio cúmplice dos grandes agentes culturais...
O circo está de fato morrendo no mais profundo e vergonhoso processo de extinção total. O verdadeiro circo, como tal conhecemos no passado agora faz parte da história. Como sendo mais uma vítima da modernidade, antes capitaneada pela popularização da TV e agora, por outras invenções tecnológicas, em especial pela chamada rede mundial de computadores(Leia-se Internet), que aliás conseguiu afetar até mesmo o cinema.
Porém, em se tratando de relembranças circenses do nosso interior é quase impossível não recordar os artistas genuinamente aurorenses que se pontificaram nesta área. Basta dizer que algumas famílias locais ou montaram seu próprio circo ou tiveram membros que atuarem por anos a fio fazendo deste meio uma profissão. Dentre as quais podemos destacar a família “Santô” e a dos irmãos: Enoque pintor e o famoso palhaço Fuxico.”
Com o seu pequeno circo o palhaço Fuxico ao lado do velho Enoque, seu irmão, que, inclusive atuava como mestre de cena, juntamente com todos os seus familiares rodaram o Nordeste de uma ponta a outra e parte da região Norte do país. De modo que as história e estória contadas(um dia a este articulista) pelo inesquecível Enoque(falecido em meados dos anos 80) dariam um bom livro.
Diria que quanto ao palhaço Fuxico, este também compõe uma história à parte quando o assunto é circo, vez que foi o pioneiro. Ficando conhecido por toda região, não somente por suas interessantes atuações no picadeiro, assim como por suas proezas a frente do seu circo e de toda sua grei de artistas. Como se cumprissem os caprichos do destino os decanos desta família circense nasceram e viveram praticamente, como se diz, sob a lona.
O velho circo do Fuxico sobreviveu até o início dos anos 80 quando o eterno palhaço foi covardemente assassinado no seu próprio palco por um soldado embriagado e á paisana no município pernambucano de Sítio do Moreiras. Foi um crime impune como tantos outros...
Dos três irmãos que integravam o cerne do velho circo fuxiquense, apenas a dançarina e violonista ‘Lurdes Bom-conselho’ ainda vive. Depois de vagar sem rumo pelo mundo como alóolatra esquecida da cabeça, encontra-se recolhida hoje num abrigo para idosos na cidade de Milagres, aos 89 anos. Logo após ter sido um dia encontrada quase morta desmaiada nas ruas da cidade milagrense. (Ver reportagem completa na Revista Aurora em sua edição de 2009).
Dos três irmãos que integravam o cerne do velho circo fuxiquense, apenas a dançarina e violonista ‘Lurdes Bom-conselho’ ainda vive. Depois de vagar sem rumo pelo mundo como alóolatra esquecida da cabeça, encontra-se recolhida hoje num abrigo para idosos na cidade de Milagres, aos 89 anos. Logo após ter sido um dia encontrada quase morta desmaiada nas ruas da cidade milagrense. (Ver reportagem completa na Revista Aurora em sua edição de 2009).
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José Cícero
Secretário de Cultura
Aurora-CE.
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