Um Banho Salgadiano*
...E o Salgado me banhou por dentro.
Quando de repente
o avistei em minha frente
pela primeira vez
cruzando o meu caminho.
Por conta deste encontro
nunca mais fui o mesmo.
Fiquei deslumbrado
e me fiz seu amigo
quando mergulhei seu leito.
Deste então não consigo
ficar longe dele.
Sou agora um peixe
da sua fauna aquática
a todo momento
a reclamar dos homens
um pouco de respeito
E de oxigênio.
Sinto-o em meu íntimo
como um bicho bruto
também agonizando
sobre os riachos secos
em abandono,
e a poluição
do seu corpo líquido.
O rio Salgado continua,
permanentemente
a me banhar por dentro
como antigamente.
___
Por: José Cícero
In Frantais Imensos(Inédito-2011)
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